terça-feira, julho 06, 2010

Odisseia

ODISSEIA

Série de acontecimentos e peripécias estranhas e variadas.

In Dicionário Verbo – Língua Portuguesa

Novembro - Bati com o carro: não stressei e tratei de tudo com muita calma, tanto na seguradora como na oficina;
Janeiro - Roubaram-me os dois pneus da frente do carro, à porta de casa: fiquei atrapalhada, estupefacta e um pouco nervosa mas, depois do choque inicial, tratei de tudo calmamente e até me fartei de rir da situação (isto porque o seguro pagou, porque senão não tinha piada nenhuma);
Fevereiro (3ªsemana) - O carro avariou no meio da estrada, partiu-se a correia de distribuição: encostei calmamente, chamei a assistência em viagem e lá fui eu no reboque até à oficina;
Fevereiro (4ªsemana) – Decisão difícil: comprar carro novo ou arranjar o velho. A decisão não foi nada fácil economicamente falando. Concluímos que seria melhor comprar um carro porque este já tinha alguns anos, muitos quilómetros e eu vou precisar brevemente de ter 5 lugares;
Fevereiro (4ªsemana) - O vendedor disse que o carro novo demorava dois meses a chegar. Respirei fundo e lá consegui que me arranjassem um carro de substituição (mas não imediatamente);
Fevereiro/Março - Fiquei sem carro duas ou três semanas: pedi boleia a vários dos meus colegas e ao meu marido, brincando sempre com a situação e andando sempre bem-disposta;
Março (2ªsemana) -Estive duas horas na seguradora só para que transferissem o seguro. Faltei à escola, tive que justificar a descontar nas férias e os miúdos não fizeram a ficha de avaliação: o que fiz? Fui calmamente trabalhar, fui à aula pedir desculpa aos alunos e combinar com eles uma nova data e ainda me ri a contar a história aos meus colegas que ficaram preocupados por eu faltar sem avisar;
Março (3ªsemana) - Estive duas horas à do senhor do concessionário porque o carro de substituição não pegava: comecei por encarar aquele bocado de tempo como um momento para descansar e só comecei a stressar uma hora depois e porque ele me tinha dito "já passo aí". Tinha tanto que fazer! Depois do senhor me resolver a situação e quando já estava novamente sozinha, o carro volta a não pegar. Não aguentei mais e por isso fiquei triste e chorei;
Março (3ªsemana) -Vou trocar a chave do carro (porque devia ser esse o problema) e o senhor não me pôde atender à hora que tinha marcado comigo porque estava em reunião: agi calmamente, expliquei à senhora que me atendeu o que se passava e esperei vinte minutos que me dessem a outra chave do carro, sempre calma;
Março (4ªsemana) -O carro volta a não pegar: faço três vezes o que o senhor me ensinou para resolver a situação, até o carro pegar, sempre sem me enervar. Telefono-lhe e resolvemos a situação. O estranho foi depois ir buscar o carro à oficina e não ter que pagar nada :)
Abril (3ªsemana) – Chega o carro novo: levo um arrombo na conta bancária mas volto finalmente a conduzir um carro meu (tirando a parte da reserva de propriedade até estar completamente pago). Nem acredito que esta odisseia terminou.


Noutra altura da minha vida tinha ficado muito irritada com tudo isto mas agora… quero pensar sempre que tudo se resolve e ver o positivo das situações!
O meu marido diz que foi o destino… porque os cinco lugares no carro vão ser brevemente fundamentais… :)

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